Polystachya concreta
Polystachya é um gênero botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceae). Foi proposto por Hooker em Exotic flora 2: pl.103, em 1824, ao descrever sua espécie tipo, a Polystachya luteola, entretanto depois verificou-se que esta a um sinônimo da Polystachya concreta (Jacq.) Garay & Sweet. O nome do gênero refere-se à capacidade de algumas espécies de florescerem novamente em antigas hastes florais.
Há mais de trezentas espécies de Polystachya descritas, espalhadas por todas as regiões tropicais do planeta. São plantas muito variáveis, principalmente epífitas, mas também terrestres e rupícolas.
Descrição: A seguir tratarei apenas das espécies brasileiras.
As flores são esverdeadas, medem poucos milímetros e curvam-se para baixo sem ressupinar, isto é, parecem estar invertidas. Assépalas são tão largas quanto longas, a dorsal mais estreita que as laterais. As pétalas bastante estreitas e levemente mais curtas que as sépalas. O labelo normalmente é mais claro que o resto da flor e apresenta uma substância suculenta que o recobre em parte, formando uma espécie de calo. A coluna é curta e cilíndrica possuindo pé perto da base. Apresenta quatro polínias.
Espécies: A classificação das espécies de Polystachya do Brasil é bastante complecada pois, além de serem muito pequenas, todas se parecem muito. Pode-se diferenciá-las pelo calo existente no labelo e seu formato, ou aspecto vegetativo e tamanho de algumas espécies. Mesmo tendo sido reduzido muito o número de espécies descritas para o Brasil, que provam ser apenas sinônimos, taxonomistas desconfiam que ainda restam alguns sinônimos dentre as remanescentes e o número pode ser ainda menor.
Pertencente à família Orchidaceae, Polystachya concreta distribui-se nos neotrópicos, embora alguns autores revelem que esta espécie apresente distribuição pantropical (ACKERMAN, 1995). Ocorre em altitudes variáveis de 5 a 1650 metros. Floresce no verão e seu período de floração estende-se de janeiro a fevereiro. Suas flores esverdeadas apresentam antese diurna e cada flor dura cerca de dois a três dias (PANSARIN & AMARAL, 2006). Suas hastes variam de 4 a 30 cm de comprimento. As espécies africanas possuem os mais variados coloridos.
Espécie nativa não endêmica ao Brasil e que ocorre na Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica das regiões Norte (Roraima, Amapá, Pará, Amazonas, Tocantins, Rondônia), Nordeste (Maranhão, Ceará, Pernambuco, Alagoas), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul).
Em Pernambuco encontramos como epífita em árvores nativas e exóticas em Recife, Moreno, Bonito e Sirinhaém. Plantas encontradas solitárias ou em grupos familiares crescendo entre outras espécies como Epidendrum rigidum com tamanhos variáveis apresentando hastes já desde pequenas. Resistente à insolação direta, mas também crescendo em ambiente com meia luz. Xaxim e troncos, bem como casca de pinos são bem aceitos.
Todas imagens foram registradas da minha coleção particular.
4 comentários:
Eu tenho uma achei que era oncidium é muito mimosa interessante
A minha veio junto a uma catyleia Labiata pequena o vendedor é de Caruaru.
Quando posso semear suas sementes?
Encontrei uma nas montanhas capixabas
Postar um comentário